sexta-feira, maio 13, 2005

Em forma de Hino, porque a (quase) todos esta música diz alguma coisa.
Obrigado por partilharam o sentimento por esta porção de terra. E à família Moreira por ter partilhado algo tão especial. Que herança melhor podiam ter deixado?

Nasci em terras de xisto
À beira do rio ceira
em lugar de balsa sem porto
numa serra onde o açor pousou
em leito de feno dormi

cresci a terra do sargaço
correndo em lameiros verdejantes
ouvi o sopro dos
ventos
junto ao correr das levadas
vi noite sem
luar

ouvi historias de bruxaria
lendas de lobisomens
de almocreves e mouras
encantadas
vi sementeiras e
colheitas
nas malhas de debulhas
saltei fogueiras de rosmaninho
acendi o madeiro
de natal
cantei janeiras pelo povoado
cheirei alecrim e loureiro
bebi chá de sabugueiro

nadei nas águas do alva
na ponte que tem três entradas
em avô terra de
poetas
cantei
baladas ao luar
até ao galo cantar
que importa ser acordado
pelos sonhos desta noite
pela coruja que é surda
ou pelo sino da capela


tudo isto existe
tudo isto
é belo
tudo está como era dantes

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